sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Mais um pouco de sol
So que: 1) o trecho era menor (150 km x 120 km); 2) levamos mais que o dobro de liquidos (aprender com os erros é tudo! rsrs); 3) havia dois postos, no km 33 e no km 104, que ajudaram. Calculo que devemos ter tomado, somente durante o pedal (fora tudo o que consumimos depois de chegar) uns 8 litros. Depois conto melhor.
Mas quase torramos, de novo. Saimos meio tarde, em funcao do dia anterior... Enfim, resumidamente foi assim: muito sol, muito calor, poucos postos, vento a favor a maior parte do tempo, mas uma geografia nao tao plana: coxilhas e coxilhas, aquele sobe e desce nosso velho conhecido!! rs
Chegamos as 17, ja jantamos e estamos indo dormir.
Ate mais!
Viagem ao fim do mundo!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Declarações e tempo
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Aduana
Seguem, abaixo, informações sobre a Declaração de Saída Temporária de Bens, para saída do Brasil. É o que importa, nesse momento. Se alguma compra for feita no exterior (eu é que não pretendo ficar carregando lembranças físicas, mas, vá lá...rsrsr), na entrada também deve ser preenchido formulário similar (Declaração de Bagagem Acompanhada). Consultas podem ser feitas no site da Receita Federal do Brasil
"Bagagem Acompanhada – Procedimentos na saída do Brasil
Os residentes no Brasil, em viagem temporária ao exterior, que portarem, como bagagem, bens que possam estar sujeitos ao pagamento de tributos quando retornarem ao Brasil, principalmente os de elevado valor – tais como notebooks e câmeras fotográficas –, devem declará-los junto à Alfândega do local de saída do País, utilizando a Declaração de Saída Temporária de Bens (DST), que deverá ser apresentada em duas vias, para assegurar o retorno desses bens sem pagamento de tributos, ainda que eles sejam portados por terceiros, independentemente do prazo de permanência no exterior e das razões de sua saída.
Uma vez declarada a sua saída, o viajante não precisa declarar esses bens à Aduana ao retornar ao País, mas ele precisa manter a DST em mãos, pois ela pode ser solicitada pela fiscalização."
Planejamento metódico-desorganizado
Viajar por uma país estrangeiro, por um período relativamente longo e utilizando um meio de transporte nada convencional, para a distância, exige que se passe por uma série de pontos, que vão do trajeto ao clima, passando por alimentação, assistência médica, hospedagem, bagagem, alfândega...
Enfim, uma série de coisas que precisam ser, no mínimo, pensadas, para que exista chance de êxito! rs...
Eu - vocês me conhecem - adoro viagens não planejadas, em que se vai curtindo o caminho, sem lugar certo para parar... Mas, nesse caso, preferi não arriscar, e cedi ao (parcial...rs) planejamento. Embora possa parecer paradoxal, sou uma desorganizada metódica, então dividi a necessidade em alguns pontos (alguns dos quais já enfrentados, em pormenor - papel de minha parcela obsessivo-compulsiva - outros ainda não - papel da parte confusa de minha personalidade...rs):
1. Aduana - ainda pendente (rs), exige algumas providências para entrada no país vizinho de alguns bens, como eletrônicos, para que depois o reingresso não seja problemático;
2. Hospedagem - embora já houvesse definição quanto às cidades prováveis de parada, não havia me preocupado com o local de hospedagem... até ontem, quando me dei conta que parte da viagem é atravessada por um feriado!! Assim, optei por fazer reservas de hotéis, para evitar problemas (que já se apresentavam, pois no feriado foi bem difícil...rs), e também porque a medida pode ser um grande estímulo ao cumprimento dos trajetos previstos (rs)! Também foi interessante fazer isso, porque algumas modificações no roteiro tiveram de ser feitas, dada a dificuldade de conseguir hotéis em determinadas cidades... As reservas estão, digamos, 70% feitas, até Montevidéo. Devo finalizar as demais hoje.
3. Alimentação - a opção é a de prover a alimentação nas cidades de parada, pois ficaria complicado carregar muita coisa... Ainda assim, pretendo levar alguns sachês de gel, para os períodos de pedalada mais longa. Estou com um pouco de medo de me dar muito mal, e ter de viver só de medialunas e alfajores, naquela terra de carnívoros!! (rsrsr)
4. Clima - no período em relação ao qual já há previsão, registra-se grande variação de temperatura, que deve oscilar entre 10º e 35º C. Isso exige que se pense em roupas de ciclismo e "roupas normais" para o calor e no frio. Para o pedal, pretendo levar uma bermuda, uma calça, duas blusas, manguitos e duas jaquetas (corta-vento e chuva). Para a "vida social" (rs), absoluto minimalismo: duas camisetas dry fit manga curta, uma manga longa (porque elas secam rápido), duas calça legging e um mini-vestido de malha (pequenos e leves) e uma jaqueta (leve), além de um tênis. Pode parecer muito, mas, como sou pequena, e as opções são todas de pouco volume e peso, no final tudo vai caber em um pequeno alforje!! Se vocês duvidam, vou fotografar amanhã, quando a mala estiver pronta! rsrsr... A parcela masculina ainda não está definida, mas deve ser ainda menor, em peças, porém maior em volume (há suas desvantagens, no tamanho...rs).
5. Bagagem - a bagagem deve ser muuuuito leve, pois serão muitos quilômetros a percorrer. A opção foi usar um bagageiro, com um alforge, e uma pequena mochila de hidratação (com alguns compartimentos extras). O peso deve se concentrar no alforge, e não ser muito expressivo. Minimalismo, como disse, em tudo, o que implica abandonar certas vaidades (bem, bem... acho que isso não é nada difícil para mim, não acham?). Poucas roupas e sempre leves. Alguns itens básicos de higiene (a imprescindível escova de dentes!!, protetor solar e... pelo menos um creminho!! rsrsr), medicamentos (para dor...rsrsrs) e líquidos! Acho que era isso!! Vamos ver como nos saímos.
6. Assistência médica - por via das dúvidas, foi feito um seguro de viagem, contemplando assistência médica, farmacêutica e eventual remoção para o Brasil... espero que seja um absoluto desperdício de dinheiro!! rsrsr...
Aos poucos, vou contando, em mais detalhes (ehhh, pessoinha que escreve, essa! rsrs), sobre esse planejamento meio concentrado e frenético dos instantes que antecedem o momento da partida...
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Um pouco de poesia

É preciso ver o mundo com os próprios olhos, pisá-lo com os próprios pés! Viver a experiência humana em sua plenitude, colocar-se sob a chuva e o frio, aquecer-se ao sol... Saber a cor, o sabor, o cheiro e a textura dos lugares, das pessoas, dos sentimentos...
Na verdade, viver o mundo com o próprio corpo, não por lentes ou percepções alheias...
E é preciso arriscar para viver com prazer!
É um pouco dessa centelha vital que buscamos... Para alimentar a alma!
O Kielig falou sobre isso, no ciclismo de longa distância. Vale a pena ler! (http://audaxlajeado.blogspot.com/2009/10/filosofia-barata.html)
Enfim, depois da inspiração poética, é bom começar a lidar com os aspectos práticos, pois o tempo urge! rsrs
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
O mapa
O roteiro
O planejamento
A idéia central era: vamos fazer cicloturismo! A proximidade com a fronteira e a conhecida tradição ciclística do país vizinho determinaram a escolha: pedal pelo Uruguay!
O Uruguay (escrito com "y", mesmo, na grafia española, em homenagem aos hermaños)é um país pequeno e fundamentalmente plano, com diversos pontos turísticos interessantes. Cercado de água por todos os lados, exceto na fronteira norte, com o Brasil, oferece desde termas calientes, no noroeste, até lobos marinhos, na costa oceânica, passando por sítios de interesse histórico e por cidades badaladas. O projeto envolve conhecer um pouco de tudo isso, cruzando praticamente toda o a zona limítrofe aquática (será que a expressão faz sentido?)uruguaia (Rio Uruguay, Rio de La Plata e Oceáno Atlántico), de bicicleta.
Definido o destino, mãos à obra: é necessário planejamento! Um esboço inicial resultou em um trajeto de cerca de 1.130 km a serem percorridos em 12 dias, mais dois dias para deslocamentos não ciclísticos, no Brasil, na ida e no retorno.
Aos poucos, o projeto deve ir se aperfeiçoando...